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Quando falamos em catarata, a maioria das pessoas pensa apenas na perda da nitidez visual. De fato, a principal característica dessa condição é o embaçamento progressivo da visão, causado pela opacificação do cristalino, uma lente natural dos olhos. No entanto, o impacto da catarata vai muito além da dificuldade para enxergar com clareza. Ela pode afetar a qualidade do sono, a cognição, a autonomia e até aumentar o risco de quedas, especialmente em idosos.

O que é a catarata?

Antes de tudo, é importante entender o que é a catarata. Ela ocorre quando o cristalino, que deveria ser transparente, começa a ficar opaco com o passar dos anos. Isso impede a passagem adequada da luz até a retina, dificultando a formação de imagens nítidas.

O processo é natural e está associado ao envelhecimento, mas também pode ser acelerado por fatores como diabetes, exposição excessiva ao sol, uso prolongado de corticoides ou traumas oculares.

Menos luz azul: impactos no sono e na cognição

Um aspecto menos conhecido da catarata é o bloqueio da luz azul. Essa faixa do espectro luminoso é fundamental para a regulação do nosso relógio biológico, conhecido como ritmo circadiano. A luz azul ajuda a controlar a produção de melatonina, o hormônio que sinaliza ao corpo que é hora de dormir.

Com a progressão da catarata, a entrada de luz azul nos olhos diminui significativamente. Isso pode gerar alterações no ciclo sono-vigília, dificultando o adormecer e afetando a qualidade do sono. A longo prazo, noites mal dormidas têm impacto direto sobre o humor, a memória e a capacidade de concentração.

Além disso, estudos apontam que a menor exposição à luz azul também pode influenciar a função cognitiva. Há evidências de que idosos com catarata avançada têm maior risco de desenvolver déficit cognitivo leve, o que pode evoluir para quadros mais graves.

Redução da autonomia e aumento no risco de quedas

Outro efeito importante da catarata é a perda de autonomia. A visão borrada e com menor contraste prejudica atividades do dia a dia, como ler, dirigir ou reconhecer rostos. Em ambientes com pouca luz, o desafio se torna ainda maior.

Para os idosos, isso representa um perigo adicional: o aumento do risco de quedas. A catarata compromete a percepção de profundidade e o equilíbrio visual, dificultando a identificação de obstáculos ou mudanças de nível no chão. Isso pode gerar fraturas e longos períodos de recuperação, afetando ainda mais a qualidade de vida.

O tratamento pode transformar mais do que a visão

A boa notícia é que a cirurgia de catarata é um dos procedimentos oftalmológicos mais seguros e eficazes da atualidade. A troca do cristalino opaco por uma lente intraocular transparente permite a recuperação da qualidade visual e, em muitos casos, a correção de outros problemas refrativos, como miopia ou hipermetropia.

Além dos benefícios óbvios para a visão, a cirurgia pode melhorar significativamente o sono, a cognição e a mobilidade. Muitos pacientes relatam um aumento no bem-estar geral após o procedimento, com maior disposição e segurança para realizar suas atividades cotidianas.

Conclusão

A catarata é muito mais do que uma simples perda de visão. Ela pode afetar diversos aspectos da saúde física e mental, especialmente em pessoas mais velhas. Por isso, é fundamental procurar acompanhamento oftalmológico regular, principalmente a partir dos 60 anos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem fazer toda a diferença para garantir uma vida mais saudável, segura e com melhor qualidade de sono e cognição.

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