Quando pensamos em catarata, é comum associá-la a uma doença que afeta pessoas mais velhas. Contudo, além de ser a principal causa de cegueira em adultos, a catarata também pode acometer crianças desde o nascimento, sendo chamada de catarata congênita.
O que é Catarata Congênita?
A catarata congênita, assim como os outros tipos, é caracterizada pela opacificação do cristalino do olho, uma condição que pode prejudicar a visão ou até causar cegueira. A diferença é que, no caso da catarata congênita, o bebê já nasce com essa condição ou a desenvolve nos primeiros anos de vida. Um sinal claro desse problema é a leucocoria, conhecida como “pupila branca”, que indica a presença da catarata.
Além disso, essa doença pode estar associada a outros problemas oculares, como estrabismo, ausência de fixação visual e nistagmo, que são movimentos involuntários dos olhos.
Causas da Catarata Congênita
As causas da catarata congênita podem ser variadas. Algumas das principais incluem infecções intrauterinas, como rubéola e toxoplasmose, fatores genéticos e hereditários, síndromes genéticas, distúrbios metabólicos e traumas oculares. Em alguns casos, a origem pode ser desconhecida.
Diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce da catarata congênita é fundamental para garantir um tratamento eficaz. Normalmente, o primeiro passo é realizado pelo pediatra nas primeiras 72 horas de vida do bebê, por meio do Teste do Reflexo Vermelho (TRV). Caso haja suspeita de alguma alteração, o bebê deve ser encaminhado para um exame oftalmológico mais detalhado.
Além disso, a triagem para outras condições associadas à catarata congênita é essencial, como exames de sorologia para infecções congênitas e avaliação de histórico familiar.
Tratamento
O tratamento da catarata congênita varia conforme a gravidade da opacidade do cristalino e o impacto na visão. Em casos mais graves, onde a visão é significativamente comprometida, a cirurgia precoce é recomendada. Esse procedimento é semelhante ao tratamento de cataratas em adultos, envolvendo a remoção da catarata e, em alguns casos, o implante de uma lente intraocular (LIO).
Já em casos menos severos, a correção óptica pode ser uma opção, utilizando óculos ou lentes de contato para melhorar a visão da criança.
Prevenção
A prevenção da catarata congênita passa por cuidados durante a gestação, como a imunização contra rubéola e um pré-natal bem monitorado. Além disso, realizar o Teste do Reflexo Vermelho de forma precoce e seguir as orientações médicas são fundamentais para garantir o diagnóstico e o tratamento adequados.
Conclusão
A catarata congênita é uma condição séria que pode afetar a visão das crianças desde o nascimento, mas, com o diagnóstico e o tratamento precoces, é possível prevenir complicações mais graves e até restaurar a visão. Acompanhar a saúde ocular dos pequenos desde cedo é essencial para garantir seu desenvolvimento saudável.